A SUPERBACTÉRIA DA MORTE MATA QUATRO PESSOAS EM MONTES CLAROS

Por Vailton Ferreira
Pelo menos 4 pessoas morreram contaminadas pela superbactéria KPC  no hospital Aroldo Tourinho em Montes Claros, a Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros, no Norte de Minas, tenta identificar a origem da infecção. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram registradas 20 notificações de contaminação. Nove pacientes permanecem internados, dois estão infectados e os outros sete “colonizados”, ou seja, não desenvolveram a doença. A secretaria municipal não confirma os números.
A população montesclarense está com muito medo, com a proliferação dessa superbactéria resistente.  Secretaria Municipal de Saúde analisa se a superbactéria chegou à região por meio do trânsito de pacientes. Essa é a primeira vez que o caso é registrado no Norte do Estado. “Tudo indica que a bactéria tenha vindo de outra localidade através de algum paciente que esteve internado em outra cidade que possuía o histórico da infecção”, contou a secretária municipal de Saúde, Ana Paula de Oliveira Nascimento.
A equipe medica do hospital está em alerta e disse em nota, que não é momento de preocupação e sim, ficar atento com a higienização dos funcionários e manter isolado a área do hospital onde estão os pacientes. A vigilância é grande nesse momento.
Segundo a unidade de saúde, atualmente a situação no local está controlada e não há risco de novos casos. “É esse tipo de contaminação é restrito ao ambiente hospitalar e o Aroldo Tourinho já tomou todas as medidas de segurança necessárias. A população pode ficar tranquila”, explicou a administradora do hospital, Adriana Inácia Paculdino Ferreira.
O QUE É A SUPERBACTÉRIA KPC?
A bactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) , a“superbactéria”, foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2000, depois de ter sofrido uma mutação genética, que lhe conferiu resistência a múltiplos antibióticos (aos carbapenêmicos, especialmente) e a capacidade de tornar resistentes outras bactérias. Essa característica pode estar diretamente relacionada com o uso indiscriminado ou incorreto de antibióticos.
A bactéria KPC pode ser encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais, cereais e frutas. A transmissão ocorre em ambiente hospitalar, através do contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene. A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal.
Crianças, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa ou submetidas a longos períodos de internação hospitalar (dentro ou fora da UTI) correm risco maior de contrair esse tipo de infecção.
A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da espécie Klebsiella. Felizmente, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se fora do ambiente hospitalar.(DR. DRAUZIO VARELA)



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