'Me senti usado', diz vítima de preso em operação de fraudes em DPVAT

G1 GRANDE MINAS
"Me senti usado, é um descaso, tenho raiva. Não recebi um centavo e estou sem conseguir nem andar direito", desabafa um homem de 39 anos, morador de Montes Claros (MG), que prefere não ser identificado. Ele conta que trabalhava como mototaxista, quando se envolveu com um acidente com um caminhão em 13 de março de 2010. O advogado que acionou a Justiça em nome da vítima foi preso pela Polícia Federal na operação "Tempo Despertar", deflagrada nesta segunda-feira (13), que investiga fraudes no DPVTA. A estimativa de prejuízo no país é de R$ 1 bilhão.
A vítima diz ainda que foi procurada por um empresário, que também foi preso na operção, e atua fazendo a intermediação entre os acidentados e os advogados. No contrato firmado com o advogado ficou estabelecido que o homem teria que pagar 40% da indenização que receberia com o seguro.
"Depois que fui levado para o hospital virou um inferno, muitas pessoas me diziam sobre o seguro [DPVAT] e ofereciam para me ajudar a dar entrada, enquanto isso eu estava lá, sentido dor em cima de uma maca. Passei todos os documentos para ele e sempre que o procurava, ele dizia para esperar, depois falava que a demora era culpa do juiz. Eu não tinha dinheiro para pagar as despesas médicas, contei com a ajuda de familiares e amigos, minha moto só foi consertada porque meu pai pagou”, diz.


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