Alunos protestam contra a PEC 241 e ocupam UFMG em Montes Claros

Estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais, em Montes Claros (MG), ocupam nesta terça-feira (25) a portaria da instituição em protesto a PEC 241, que estabelece limite para o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. Apenas a entrada de pedestres está permitida. Os alunos afirmam que as aulas estão suspensas, mas a assessoria de comunicação da UFMG não confirma a informação.
“Sexta feira ocorreu uma reunião e ontem foi realizada outra para fazermos uma votação se os alunos queriam mesmo que houvesse a paralisação, para ver se a maioria era a favor, já que apoiamos a unanimidade. Não foi unânime, mas a maioria apoiou e por isso estamos aqui para protestar com essa proposta que vai cortar gastos da educação e saúde nos próximos 20 anos”, fala a estudante Bianca Simões.
Segundo a representante do movimento, a paralisação será feita até às 22h e se houver aprovação da PEC, haverá uma nova assembleia para decidir quais ações serão tomadas.
“Esse congelamento vai impactar em quem quer ingressar na universidade atualmente e quem irá ingressar futuramente, vai afetar a nossa classe, que já é fragilizada”, destaca o estudante César Saraiva.
A UFMG divulgou uma nota assinada pelo reitor Jaime Arturo Ramírez e pela vice-reitora Sandra Goulart Almeida depois que estudantes impediram o acesso a algumas unidades e espaços da instituição.
“Impedir o acesso ao local de trabalho e estudo de professores, técnico-administrativos em educação e estudantes que não participam do movimento afronta o direito irrevogável de ir e vir das pessoas, prejudica aqueles que mais precisam da instituição, além de inviabilizar o atendimento da comunidade da UFMG e da sociedade”, afirma a nota.
O comunicado defende, ainda, a “firme convicção de que a Universidade pública é acima de tudo um espaço democrático no qual deve prevalecer o convívio saudável com as diferentes opiniões, garantida a livre circulação de ideias e de pessoas”. Sobre a PEC
O plenário da Câmara dos Deputados deverá votar nesta terça-feira (25), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241. A PEC é apresentada pelo governo do presidente Michel Temer como um dos principais mecanismos para reequilibrar as contas públicas. Quando foi analisada em primeiro turno, a proposta passou por 366 votos a 111.
Teto de gastos
A PEC 241 estabelece que as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior. Pela proposta, a regra valerá pelos próximos 20 anos, mas, a partir do décimo ano, o presidente da República poderá propor uma nova base de cálculo ao Congresso.
Em caso de descumprimento, a PEC estabelece uma série de vedações, como a proibição de realizar concursos públicos ou conceder aumento para qualquer membro ou servidor do órgão.
Inicialmente, a Proposta de Emenda à Constituição estabelecia que os investimentos em saúde e em educação deveriam seguir as mesmas regras. Diante da repercussão negativa e da pressão de parlamentares aliados, o Palácio do Planalto decidiu que essas duas áreas deverão obedecer ao limite somente em 2018.
COM INOFORMAÇÃO DO G1 GRANDE MINAS


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Carro invade contramão, bate contra ônibus, mata três pessoas e fica destruído na BR-070, diz PRF, AS DUAS VÍTIMAS FATAIS SÃO DA CIDADE DE ITACARAMBI

Eleições em Itacarambi (MG): Veja como foi a votação no 2º turno

Jovem morre após ser baleado em Itacarambi