Fraude em licitações em Bocaiuva gera prejuízo de R$ 1,3 milhão, diz PC

O delegado Leonardo Diniz afirmou nesta segunda-feira (26) que as fraudes em licitações em Bocaiuva, no Norte de Minas, geraram um prejuízo em torno de R$ 1,3 milhão aos cofres do município. A investigação teve duração de três meses e apontou que as fraudes aconteceram em pelo menos três processos desde o ano de 2011.
PC diz que há indícios de que outras pessoas também se beneficiavam do esquema (Foto: Valdivan Veloso/G1)
PC diz que há indícios de que outras pessoas
também se beneficiavam do esquema
(Foto: Valdivan Veloso/G1)
Nove pessoas foram denunciadas na investigação que determinou a prisão preventiva de seis envolvidos. Durante a operação, na tarde desta segunda-feira, a polícia conseguiu cumprir cinco mandadosde prisão contra: Simone Cristina Vieira Pereira, Caio Pitterson Silva, servidores do setor de licitação; Juscelino Germano Oliveira, secretário municipal; Kátia Veloso Araújo, chefe de gabinete na prefeitura; e Eduardo de Jesus Viana, jornalista e empresário vencedor das licitações.
Também foi decretada a prisão preventiva do secretário municipal de fazenda, Antônio Silveira Neto, mas ele segue foragido de acordo com a PC.
Os processos fraudados, segundo a PC, eram para prestação de serviços em manutenção na área de informática e transporte da saúde. “Os editais eram elaborados de forma a eliminar os concorrentes. No transporte, o vereador Carlily de Carvalho (PSDB) se valia da esposa e de um filho para participar do certame, e os serviços eram prestados de forma precária, mas na área de informática, vencidas pelo Eduardo Viana, quem realiza os serviços são servidores efetivos do município”, explica o delegado.
A Polícia Civil diz também que há indícios de que outras pessoas eram beneficiadas com a fraude nestas licitações. “Neste período de fraudes, é notório que o Eduardo teve uma ascensão patrimonial, mas ainda é muito aquém dos valores recebidos que somam R$ 788 mil”, afirma Leonardo Diniz.
O advogado do jornalista Eduardo Viana, Junior Pereira Lima, afirmou que a defesa ainda não teve acesso ao processo e por isso ainda não podia falar sobre o caso.
Já a assessoria de comunicação da prefeitura afirmou que todos os contratos licitatórios realizados no município foram fundamentados nas leis vigentes no país. Ainda segundo a assessoria, a prefeitura continua à disposição para qualquer esclarecimento. Os advogados dos outros envolvidos não foram localizados.(G1 GRANDE MINAS)

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